sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Top 10 - Efeitos Visuais

 Não é tão difícil quanto parece eleger os melhores efeitos especiais. Apesar todos os anos serem lançados diversos  filmes com efeitos visuais mirabolantes, nem todos cumprem fielmente suas funções estéticas e conceituais mas há filmes que além de revolucionarem tudo, criando novas tecnologias de efeitos especiais/visuais, foram tão magníficos e perfeccionistas que ano após ano, continuam sendo referência. Muitos desses filmes, jamais superados até hoje.

Para isso criei uma lista dos Dez filmes que melhor representam os efeitos visuais, tanto na aplicação técnica, quanto inovação e criatividade.


Segue abaixo a minha lista: 


Os Melhores Efeitos Visuais de Todos os Tempos!

Critérios de avaliação: Técnica, inovação e criatividade.



O Parque dos Dinossauros. 

Título original: Jurassic Park. Ano: 1993.

Diretor: Steven Spielberg .





Quando Jurassic Park - O Parque Dos Dinossauros foi lançado em 1993, o mundo inteiro conheceu uma grande revolução nos efeitos visuais. A pré-produção do filme durou dois anos de intenso trabalho para desenvolver novos efeitos especiais que são até hoje utilizados por toda a indústria cinematográfica.

Foi a primeira vez em que dinossauros foram retratados com visual hiper realista e pareciam realmente animais vivos (que no enredo do filme eram animais concebidos pela engenharia genética), utilizando computação gráfica e animatrônicos de uma forma jamais vista até então, criando um novo padrão de alta qualidade nos efeitos visuais. Por isso esse filme merece estar na lista dos Melhores Efeitos Especiais de Todos os Tempos.


Brachiossaurus digital na cena em que os visitantes ficam vislumbrados aos verem o animal pela primeira vez. Com o lançamento do filme, foi a primeira vez em que as pessoas viram um animal totalmente digital nas telas de cinema.

Para isso, foram reunidos O Studio Stan Winston para construir bonecos mecatrônicos dos dinossauros em tamanho real e ILM (Industrial Light & Magic) para realizar os efeitos digitais, renderizando alguns dinossauros em CG(computação gráfico) para cenas específicas que precisariam de movimentos mais orgânicos e naturais dos animais. Os procedimentos para desenvolver os efeitos especiais necessários do filme duraram dois anos de pré-produção, tempo que foi suficiente para elevar tudo que existia de mais sofisticado no cinema para um novo nível de efeitos visuais.

Animações stop-motion foram realizadas para simular cenas e ocuparam o lugar do storyboard para preparar as ações, até que os próprios produtores experimentaram produzir uma animação totalmente em computação gráfica (CG) de um Tiranossauro Rex (T-Rex) correndo em um campo aberto.  Foi a primeira vez em toda a história do cinema que um personagem totalmente renderizado em CG foi animado em uma cena completa para o cinema.

O resultado dessa animação do T-Rex foi tão satisfatório por causa dos movimentos e textura realística que todos ficaram espantados, principalmente Spielberg, diretor do filme que decidiu utilizar esse recurso. Nascia nesse momento o padrão de computação gráfica para conceber personagens digitais que continuaria sendo utilizado até os dias atuais, cada vez mais sofisticados de acordo com os avanços computacionais. A tecnologia para efeitos especiais estava reinventada, representando em 2013, vinte anos de revolução digital.

Pela primeira vez na história do no cinema, personagens completamente digitais estariam interagindo com seres humanos em composição digital (montagem com o chroma key) com cenários reais, como na cena em que os Galiminus, Alan Grant e as crianças fogem do T-Rex(Tiranossauro Rex).

Ademais, o que deixou o filme ainda mais realista foram as cenas com animatrônicos (bonecos mecatronicos) como as cenas do triceratops doente e a do T-Rex atacando o carro Ford Explorer.


O Triceratops doente convencia que realmente era um animal vivo, respirando, movendo a língua, piscando os olhos de forma incrivelmente orgânica e realista. Obra prima do Diretor Spielberg e do mestre dos efeitos especiais Stan Winston com sua equipe de excelentes artesãos.


O T-Rex ataca durante a chuva. Boneco animatrônico em tamanho real...


Velociraptor se prepara para atacar. Animal totalmente digital interage com personagens reais.

O diretor Steven Spielberg foi extremamente criterioso e para conceber realismo aos dinossauros incluiu na equipe o paleontólogo renomado Jack Horner, que foi consultor e acompanhou de perto toda a produção sempre demonstrando as características corretas quanto a anatomia e movimentação dos animais(dinossauros). O autor do livro Jurassic Park também acompanhou a produção e adaptou um roteiro do seu próprio livro (Jurassic Park) de acordo com as necessidades orçamentárias da produção. Spielberg acompanhou e interferiu em todo o desenvolvimento dos efeitos visuais nos dinossauros animatrônicos e dos digitais, pois além de diretor, foi também produtor.




Matrix

Título Original: The Matrix. Ano: 1999

Diretores:  Lana Wachowski, Andy Wachowski




Matrix foi um divisor de águas e representou uma grande inovação cinematográfica. É difícil analisar os efeitos visuais desse filme sem pelo menos comentar o enredo, pois ambos (enredo e efeitos visuais) se completam com uma perfeição e originalidade nunca visto em qualquer outro filme, tanto que os efeitos visuais da passaram a ser copiados banalmente por outros produtores e diretores. Por isso Matrix merece estar nessa lista dos Melhores Efeitos Visuais de Todos os Tempos.

O enredo do filme por si só foi o suficiente para apresentar ao público uma magnífica trama de ficção científica que retrata conceitos filosóficos, religiosos, mitologia e literatura cyber punk introduzindo o espectador em uma grande metáfora sobre a sobrevivência humana e a alienação de pessoas dominadas e subjugadas pela ameaça da singularidade tecnológica (essa singularidade representa o período em que as máquinas/computadores irão superar a inteligência humana e por isso uma possível ameaça aos seres humanos).

 Neo acorda mas ainda não conhece a verdade sobre a Matrix. A computação gráfica é  utilizada para compor os cenários do filme.

A Matriz é uma projeção digital em que os seres humanos pensam estar vivendo naturalmente no século XX, mas na verdade estão adormecidos, escravizados por máquinas inteligentes que utilizam os corpos humanos para gerar energia. O que mantém esses corpos humanos adormecidos e vivos, mas pensando que estão vivos na ilusão do século XX é uma grande colônia de máquinas que "cultivam" os corpos dos seres humanos enquanto toda a humanidade está com a mente dentro da realidade virtual da Matrix.

Como a matrix é uma realidade virtual, os efeitos visuais do filme foram pensados dentro desse contexto e é exatamente por isso que a personagem Trinity consegue saltar longas distâncias entre um prédio e outro e realizar lutas incríveis (o mesmo acontece com outros personagens), pois algumas regras da Matrix podem ser quebradas.

Resumindo Neo, é libertado pelo grupo de Morpheus da ilusão da Matrix onde vivia como um hacker. Após saber toda a verdade, é treinado e preparado para se conectar a matrix conscientemente e enfrentar os "agentes" e libertar a humanidade. Morpheus que acredita que Neo é o e escolhido e quando se dar conta disso, poderá fazer o que quiser na matrix.

Aonde entram os efeitos visuais?

Bullet-time é o nome específico do efeito visual literalmente criado no filme Matrix para causar a sensação de câmera lenta se movendo ao redor dos personagens parados no ar: A cena se congela e o espectador os observa do ponto de vista da câmera rotacionando 360° em torno do personagem. O efeito foi criado graças a centenas de câmeras alinhadas, lado a lado, formando uma órbita ao redor dos personagens/cena ou objetos dos quais se deseja executar o efeito.

O efeito Bullet-Time é aplicado em uma cena de luta da personagem Trinity.


Bullet-Time:
  • Um grande número de câmeras estáticas captam a cena, mas elas são acionadas em sequência uma a uma ao redor do ator em vez de serem acionadas todas ao mesmo tempo;     
  • o ator é filmado em um fundo verde (técnica chroma key);    
  • o ator é suspenso por um cabo preso ao teto, assim pode ter sua queda interrompida ou parecer que está flutuando no ar;     
  • uma vez que a cena é filmada, softwares fazem a interpolação das imagens para provocar a sensação de câmera lenta. Assim, o produtor pode reduzir ou aumentar a velocidade da ação conforme quiser;     
  • fundos gerados por computador são então sobrepostos ao filme.



Cena onde Neo enfrenta o Agente Smith. O fundo verde é utilizado para realizar a técnica do chroma key, muito popular hoje em dia para colocar uma imagem sobre a outra anulando a cor padrão do fundo. Em filmes como Matrix, o chroma key é utilizado para encaixar cenários, mas a grande inovação em Matrix foi o efeito Bullet-Time!

Bullet-time foi utilizado durante esse longa metragem apenas quatro vezes, mas o impacto do efeito foi tão avassalador devido a originalidade/criatividade da utilização em cenas de ação que dezenas de filmes e comerciais passaram a copiá-lo banalmente. Vale ressaltar que conforme diversos relatos de espectadores, muitas pessoas ao assistirem Matrix, sentiram vontade de revê-lo imediatamente  por causa do efeitos propriamente dito.

Em um comercial, um cavalo para suspenso no ar exatamente como nas cenas de Matrix e a câmera move-se ao seu redor. Diversos filmes que nem vale a pena mencionar imitaram o efeito banalmente, mas nenhum deles conseguiram a mesma mágica proporcionada, pois as cenas de ação em Matrix têm um propósito que se encaixa adequadamente no enredo.



Metrópolis. 

Título original: Metropolis. Ano: 1927.

Diretor: Fritz Lang.



A mágica dos efeitos visuais em "Metrópolis" estavam nas miniaturas que funcionavam como cenários. Espelhos foram usados para realizar a combinação entre atores e cenário. Foi criada uma maquete de uma gigantesca metrópole, com ricos detalhes e os espelhos inseriam os atores na maquete.

Esse filme de 1927 foi considerado por especialistas um dos grandes expoentes do expressionismo alemão, uma obra-prima à frente do seu tempo e merece entrar para lista dos Melhores Efeitos Visuais de Todos os Tempos.

O filme estava tão a frente do tempo que algumas cenas se tornaram clássicas referências para ficção científica e efeitos visuais como a panorâmica da cidade com os seus veículos voadores e passagens suspensas.








2001: Uma Odisseia no Espaço

Título original: 2001: A Space Odyssey  Ano: 1968.

Diretor: Stanley Kubrick.


















Essa obra prima do cinema se tornou o maior ícone da ficção científica em toda a história. Stanley Kubrick  além de expressar sua genialidade (característica recorrente em seus filmes inteligentíssimos) demonstrou absoluto perfeccionismo ao ponto de várias cenas do filme continuarem impressionantes até mesmo para os padrões técnicos do cinema atual e por isso merece estar na lista dos Melhores Efeitos Visuais de Todos os Tempos!


 

Algo raríssimo acontece em 2001: Uma Odisseia no Espaço, muitas décadas depois do lançamento, continua intrigante e impressionante, mas é necessário muita paciência para assisti-lo. 

O andamento do filme acontece em ritmo lento, não há cenas de aventura ou de ação. A narrativa ocorre quase sem nenhum diálogo, portanto as mensagens estão nos "signos" visuais e quem assiste deve estar atento aos significante, pois nem sempre a interpretação das pessoas serão as mesmas quanto a esses detalhes e isso é bem claro em relação ao Monolito que aparece no filme em ambientes e situações completamente diferentes.

Esse filme aborda conceitos que vão além da ficção científica, remetendo a discussões filosóficas e a ciência da evolução humana, o domínio da tecnologia e a superação da inteligência humana pela inteligência artificial (singularidade tecnológica que filmes como Exterminador do Futuro e Matrix também abordam). 



O renomado astrofísico e astrônomo Carl Sagan foi consultor do filme.

Sagan, embora reconhecendo o desejo de Kubrick de usar atores para interpretar os alienígenas humanoides por questão de conveniência (provavelmente orçamento e a falta de uma tecnologia para mostrar extra terrestres realisticamente convicentes), argumentou que formas de vida alienígenas eram improváveis de ter alguma semelhança com a vida terrestre, e que para fazer isso seria "pelo menos um elemento de falsidade" ao filme. 

Sagan propôs que o filme sugerisse, ao invés de mostrar, uma super inteligência extraterrestre. Ele foi a estreia e ficou "feliz em ver que fui de alguma ajuda". Kubrick deu a entender que a natureza da misteriosa espécie alienígena não vista em 2001, ao sugerir, em uma em 1968, que dados os milhões de anos de evolução, eles progrediram de seres biológicos para "entidades máquinas imortais", e depois para "seres de pura energia e espírito"; seres com "capacidades ilimitadas e inteligência indomável".



terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Dois Retângulos por 44 Milhoes

O que vocês acham de dois míseros retângulos serem vendidos por quarenta e quatro milhões de dólares?

Foi essa pergunta que eu fiz para alguns amigos e conhecidos outro dia. A pergunta foi feita para discutir um assunto um pouco recente, mas que não é nenhuma novidade: 

"Obra de Barnett Newman é vendida por US$ 44 milhões em Nova York. A obra, que mostra dois retângulos de azul intenso divididos por uma linha em tom mais claro da mesma cor, superou amplamente a estimativa de entre US$ 30 milhões e US$ 40 milhões.".

Isso mesmo, você não leu errado... QUARENTA E QUADRO MILHÕES DE DÓLARES... 

Quem não conhece o artista e muito menos suas obras, pode até pensar que talvez exista algo de muito inovador e genial para uma obra valer tanto... Mas não! Não há nada de especial, exceto a ostentação de colecionadores que pagam de acordo com a fama ou o marketing do dito "artista" sem nenhum vínculo com a estética, técnica e os conceitos artísticos e filosóficos.


O pior é que alguns ditos intelectuais e supostos entendidos de arte tentam justificar que vale sim o preço. E se você leitor, pensa assim, sinto muito mas o considero um idiota. Sem ofensas, mas não há conceito no mundo que justifique um preço tão absurdo para qualquer obra de arte que seja, e estou falando de obra de arte e não do LIXO que são as obras do Barnett Newman. Isso mesmo, LI-XO!

Voltemos a "obra" propriamente dita e sua descrição literal na matéria do sítio G1 entre aspas abaixo:
"A obra, que mostra dois retângulos de azul intenso divididos por uma linha em tom mais claro da mesma corsuperou amplamente a estimativa de entre US$ 30 milhões e US$ 40 milhões ".

Agora observem a dita obra...


 Me desculpem os adoradores da arte abstrata, mas qualquer um, repito, QUALQUER UM realiza um quadro desse. Não falo isso por não gostar de arte abstrata, eu gosto desde sejam obras bem trabalhadas, o que não é o caso discutido aqui. Quem quer defender uma arte picareta que defenda, mas jamais vou concordar com isso.

Sei que alguns estudiosos de arte vão dizer essa obra foi vendida por tanto dinheiro porque o artista conseguiu dar sentido a ela através de conceitos e a vendeu pelo fato de agregar valor... Alguns até apelam para criticar negativamente e até xingar de ignorante a quem afirma que isso não é arte.  

Porém, discordo categoricamente de qualquer um que defenda uma arte tão medíocre e preguiçosa como esta, pois sou envolvido com as artes desde criança, já criava na infância e pré adolescência pinturas bem melhores, conheço excelente artistas que são melhores. Ademais, sou artista e arte educador e tenho alunos que criam obras espontaneamente bem melhores que esses dois retângulos azuis divididos por uma linha no meio em tom mais claro. Até a descrição da obra soa imbecil por si.

E quando falo que qualquer um faz melhor, não me refiro apenas a técnica, mas  tudo que envolve o processo criativo nas artes que vai desde conceitos, pensamentos, sentimentos ao refinamento técnico e o pensamento pictórico. 

Para o exemplo disso, postei o seguinte no Facebook:

Colocaram um chimpanzé para pintar um quadro e ele naturalmente borrou aleatoriamente toda a tela. O quadro foi exposto como se o autor fosse um ser humano. O público era formado por pessoas que se diziam entendidos de artes e conceitos filosóficos e eles tentavam explicar qual era a expressão e o que o artista queria dizer, tentavam parecer inteligentes afirmando que todas aquelas manchas abstratas tinham sentido e era arte. Afirmavam com autoridade que o autor queria discutir algum conceito profundo com aquela "obra experimental"... Logo depois foi revelado que era um chimpanzé quem tinha pintado. E agora meu chapas, cadê as abstrações filosóficas? Ou vão dizer que o chimpanzé queria dizer ou discutir algo borrando uma tela com manchas e rabiscos?

O que eu quis dizer com isso? 

Muito simples, que os idiotas metidos a entendedores de artes sempre tentam explicar o inexplicável e podem ser pegos de surpresa em situações como a do chimpanzé. 

Se acha exagero, saiba que o que postei acima foi inspirado em acontecimentos reais, pois chimpanzés realizam diversas pinturas modernas abstratas, muitas delas melhores que os dois retângulos azuis divididos por uma linha no meio em tom mais claro que o B.Newman vendeu para algum idiota por 44 milhões.

Por exemplo: http://mais.uol.com.br/view/cphaa0gl2x8r/cotidiano-chimpanze-pinta-quadros-em-zoo-no-rio-de-janeiro-04020D9A3072D8813326

Imagine se no lugar da senhora simples, algum metido a intelectual visse a obra e iniciasse o vexame de tentar explicar as abstrações filosóficas do autor da pintura? 

Seria um vexame!

Acontece que os idiotas intelectualóides sempre vão tentar se passar por espertos justificando obras de artistas medíocres que até chimpanzés conseguem executar com maestria e até maior criatividade. 

Sempre vão tentar buscar em conceitos filosóficos ou em justificativas subjetivas absurdas que qualquer coisa é arte. Sendo que na realidade, isso não é verdade, isso é uma fuga objetiva do fazer artístico.

Quem pensa que tentando explicar borrões e rabiscos está dando novos sentidos a arte, se engana, pois na realidade o que está a fazer é a destruição e banalização das Artes.

O que no começo dos movimentos de vanguarda era uma quebra dos padrões clássicos, desconstrução dos paradigmas,  agora se torna uma caricatura ridícula da arte abstrata e moderna onde idiotas e medíocres borram e rabiscam qualquer coisa e chamam de arte. A quebra dos padrões clássicos se tornou o padrão entre artistas medíocres e preguiçosos que por preguiça ou por picaretagem, pensam que apenas a justificativa conceitual da arte vale por si só e não interessa para elas o resultado estético visual.


Pra fechar esse post, imagem de uma notícia sobre as pinturas abstratas de um macaco:




PS: Que tal comprar os dois quadros do macaquinho por quarenta milhões?


Falta Educação Musical

Verdade seja dita, o guitarrista Marcos Pópolo escreveu uma belíssima reflexão a respeito da decadência cultural da música no Brasil:

"Fico pensando que se o ensino da música fizesse parte do ensino fundamental no Brasil e de uma maneira séria, com profissionais capacitados realmente, essa porcaria toda que dão para as pessoas ouvirem em rádio e TV (e internet comprada) acabaria. Porque quando a gente reclama que o nível da música só vem caindo, a gente se dá conta que depois que tiraram música das escolas, ano após ano a coisa foi ficando cada vez pior. E isso independe do estilo musical.

No colegial eu tive um professor de geografia que disse assim numa aula: Nenhum de vocês tem opinião, mesmo aquele que diz ter opinião, na verdade não tem. Todo mundo se doeu, e o professor logo foi afastado, por dizer coisas assim com frequência na sala de aula.

Ele sabia que as pessoas que achavam ter opiniões estavam iludidas com as opções "a" "b" ou "c" que nos dão todos os dias. Ele só queria mostrar que para se ter opinião, era preciso sair das alternativas prontas que nos davam. Dizer que ovo frito é a melhor comida do mundo quando só se conhece ovo frito, arroz e feijão, é não ter opinião, segundo ele, porque você estaria sendo manipulado a uma escolha limitada. Agora se você dissesse que ovo frito é a melhor refeição do mundo após ter experimentado por várias vezes inúmeros pratos da cozinha mundial, daí sim poderia se dizer que você tem opinião, afinal foi lhe dado o conhecimento para opinar.

Na música é exatamente assim. As pessoas (generalizando e não falando de meus amigos aqui, que sei que a maioria é bem instruída musicalmente) são cheias de "opiniões" porque não estão abertas para conhecer o novo. Foram deseducadas para consumirem a porcaria barata que lhes dão.
Exemplo: A maioria das bandas de rock que aparecem hoje são uma verdadeira droga! E vem vender aqui no nosso país! Por que será? 

Cantores desafinados ou clones, guitarristas sem sequer saber o que é ter um vibrato decente, bateristas que acham que bumbo duplo fazendo a mesma merda é tocar bem... Enfim, é um verdadeiro lixo!

Existem exceções, ainda bem! E eu não estou apontando o dedo para ninguém especificamente, pois como músico, ainda tenho muito o que aprender.

Mas é que não se trata de meu ponto de vista, e sim de muitos e muitos outros músicos que enxergam a mesma coisa e que estão perdendo voz no meio de um monte de "surdos" opinando (e escrevendo em jornais, blogs...) como se soubessem o que falam!

Eu precisei ser humilde para entender o que o professor queria dizer. Mas a maioria não quis escutar, pois ninguém gosta de ouvir coisas assim, quando a carapuça serve."

Melhores Carros Sci-Fi



Os Melhores Carros Voadores da Ficção e Sci-Fi (ficção científica).

 

 

Delorean - De Volta Para o Futuro 1, 2 e 3 (1985, 1989, 1990).


"Estradas? Para onde vamos, nós não precisamos de estradas."

Essa é a frase marcante de Doc Brown quando convida Marty em 1985 para uma viagem ao futuro no ano de 2015 em um Delorean voador.

O carro marcou presença constante nos três filmes da Trilogia,  a função do carro era viajar no tempo.

O DeLorean usado na trilogia foi um  DMC-12 1981, com um PRV 6 cilindros (Peugeot / Renault / Volvo), criado por John Zachary DeLorean. É incrível pensar que mesmo com a publicidade marcante em três blockbusters, a companhia do carro ainda foi à falência

O curioso é que uma série de problemas, incluindo até escândalos envolvendo o crime organizado fez com que a DeLorean Motor Company entrasse em falência no ano de 1983. Anos mais tarde (2008) a companhia retornaria as atividades, voltando a fabricar o carro com as mesmas características (motor, câmbio, tamanho). A empresa também iniciou um pacote de customização e uma opção de motor mais potente.



Star Car - The Last Starfighter (O Último Guerreiro das Estrelas). 1985


A diferença era que o "Starcar" (o carro propriamente dito) que leva o personagem "Alex Regan" para o planeta Rylos foi o primeiro carro totalmente em CG(computação gráfica) voando do cinema. Antes dele, as cenas eram feitas com miniaturas. Houve uma versão em tamanho "real" que mais tarde teve uma participação especial em Back To The Future 2 ("De Volta Para o Futuro 2" na tradução literal), em uma cena em que o carro aparece estacionado. Embora possa ter semelhanças superficiais com um DeLorean (especialmente as portas laterais), não é, de fato, um DeLorean.


Animação CG do "Star Car" voando.


Star Car no planeta Rylos.


Star Car estacionado à esquerda em De Volta Para o Futuro 2.




Ford Anglia - Harry Potter And The Chamber Of Secrets (Harry Potter e a Câmara Secreta - 2002).



Para que Harry e Rony não percam o início do segundo ano na escola para bruxos e bruxas em Hogwarts, eles pegam um carro Ford Anglia para chegar lá. O carro pode voar, ficar invisível, nunca precisa de gasolina e até dez pessoas, seis troncos, duas corujas e um rato podem caber confortavelmente dentro.


 OK. O filme não é de ficção científica, é de fantasia, mas é ficção assim mesmo.



Spinner - Blade Runner (1982)




Os carros voadores em Blade Runner (citado em "Cadê os Carros Voadores?") foram batizados de "spinners". Eles poderiam ser conduzidos como carros no chão, ou executando uma decolagem vertical para voar aonde quisesse.  

Eles foram concebidos por Syd Mead, um desenhista industrial que trabalhou em filmes e séries como Star Trek. Ele  descreveu o spinner como um veículo que dirige para baixo do ar para criar sustentação (não entendi esse explicação). 

O spinner seria impulsionado por três motores: "combustão interna convencional, jato e anti-gravidade".



#5 ...

Continua em um próximo post... 

Cadê os Carros Voadores?

Alguns filmes de ficção dos anos oitenta e noventa costumavam mostrar ao público um futuro com carros voadores ou aeronaves similares, de qualquer forma, eram veículos de transporte urbano que voavam pelas cidades, entre os prédios e ruas. 

Alguns desses filmes eram "Blade Runner" (1982), um filme distópico sobre androides dirigido pelo incrível Ridley Scott, "De Volta Para o Futuro 2" (1989), divertida trilogia sobre viagens no tempo dirigida e escrita por  Robert Zemeckis onde o segundo filme conta com uma incrível viagem para o ano de 2015. "Total Recall" (1990), conhecido aqui no Brasil como "O Vingador do Futuro",  em que o enredo apresenta ao público a aventura de um operário chamado Douglas "Doug" Quaid, que recorre a um implante de memória para poder simular uma viagem a Marte, o filme ganhou uma refilmagem em 2012. Temos também "O Quinto Elemento" (The Fifth Element) de 1997, em que enredo se baseia numa ameaça alienígena à sobrevivência da humanidade. No momento esses foram os filmes que lembrei, mas existam vários outros filmes de ficção científica com carros voadores. 

Não posso deixar de mencionar "The Jetsons" que parece ter sido o estopim desse clichê  em obras cinematográficas de ficção científica. O desenho animado foi transmitido de 1962 a 1963, exibida no Brasil pela TV Excelsior, depois de 1985 a 1987, exibida pelo SBT e atualmente, exibida pelo canal Tooncast. Essa série introduziu no imaginário da maioria das pessoas o que seria o futuro da Humanidade: carros voadores, cidades suspensas, trabalho automatizado, toda sorte de aparelhos eletrodomésticos e de entretenimento, robôs como criados, e tudo que dá para se imaginar do futuro...


O carro Deloran era a máquina do tempo criada pelo cientista Dr. Emmett Brown, na trilogia De Volta Para o Futuro. O carro já podia voar a partir da cena final do primeiro filme, em que o Dr. Brown revela ter visitado o futuro.


 Em Blade Runner, o carro Spinner e seu estiloso design "hightech" realiza um pouso.


Carros sobrevoam entres os prédios em cenas do filme O Quinto Elemento.


Em De Volta para o Futuro 2, Marty foge de uma gangue utilizando um hoverboard, uma espécie de prancha voadora substituindo o Skate. No filme é comum ver pelas ruas carros pousando ou voando.



Mas vamos voltar ao presente, já estamos em 2013 e há alguns anos leio na internet notícias sobre protótipos, carros voadores híbridos, carros híbridos com assas de aviões que podem levantar vôo e fazer decolagens, etc... todo tipo de pesquisa envolvendo a maneira ideal de produzir carros voadores e uma forma de viável de como esses caras se locomoveriam pelas cidades sem colocar em risco a vida das pessoas. Embora a promessa dos carros voadores chegarem ao mercado venha acontecendo desde 2008, prometendo o lançamento no mercado para o ano de 2010, depois para o ano de 2013, e depois para a década de 2020, até o momento nenhum carro voador comercial voando pelas cidades.

Quem se divertiu na infância assistindo os carros voadores na cidade Hill Valley em 2015 e o hoverboard de Marty MacFly (De Volta para o Futuro 2) não terá muita esperança em ver esse tipo de invenção se tornar realidade nos próximos anos.


Próximo Post: "Melhores carros Sci-Fi".


domingo, 1 de dezembro de 2013

Paul Walker morre aos 40 anos em acidente de carro

Paul Walker, de Velozes & Furiosos, morre aos 40 anos em acidente de carro.

Ator conhecido pelo papel de Brian O'Conner faleceu após acidente na Califórnia, nos Estados Unidos.




Paul Walker faleceu na tarde deste sábado, 30 de novembro, vítima de um acidente de automóvel em Santa Clarita, na Califórnia. Conhecido pelo papel de Brian O'Conner nos filmes da franquia Velozes & Furiosos, o ator tinha apenas 40 anos.

A notícia foi dada em primeira mão pelo site TMZ, que informou que uma outra pessoa estava no carro com Walker e que esta também faleceu. Não há informações sobre quem estava dirigindo o veículo, um Porsche GT. O motorista teria perdido o controle do carro e batido em um poste ou árvore, fazendo com que pegasse fogo imediatamente.

O departamente do polícia de Los Angeles confirmou duas mortes em um acidente, mas não divulgou o nome das vítimas. Outros sites pequenos sugeriram que a informação não seria verdadeira, mas publicações tradicionais como Variety e The Hollywood Reporter anunciaram a morte a partir da matéria do TMZ. 

O twitter oficial do ator (@RealPaulWalker) confirmou o falecimento, como você vê no comentário abaixo:

Recentemente, Walker rodou Pawn Shop ChroniclesAgent 47, além de Velozes & Furiosos 7, com lançamento previsto para 18 de julho do ano que vem.


Fonte: AdoroCinema - TMZ 
Créditos do Texto: Lucas Salgado 

Saiba mais: Paul Walker

Evan Rachel Wood ataca machismo em Hollywood

Evan Rachel Wood ataca machismo em Hollywood após corte de cena com sexo oral.




Conhecida pelos trabalhos em Aos Treze, Tudo Pode Dar Certo e na série True Blood, Evan Rachel Wood usou sua página no Twitter para criticar a Motion Picture Association of America. Responsável por determinar a classificação etária dos longas lançados nos Estados Unidos, a MPAA pediu a retirada de uma cena de sexo oral de The Necessary Death of Charlie Countryman, novo filme estrelado pela atriz. 

 "Após conferir o novo corte de Charlie Countryman, gostaria de compartilhar meu desapontamento com a MPAA, que pensou ser necessário censurar a sexualidade feminina mais uma vez. A cena dos dois protagonistas fazendo 'amor' foi alterada porque alguém pensou que assistir um homem fazendo sexo oral em uma mulher deixaria as pessoas 'desconfortáveis', mas cenas em que pessoas são mortas ao terem suas cabeças explodindo permaneceram intactas. Este é um sintoma de uma sociedade que quer envergonhar a mulher e colocá-la para baixo por gostar de sexo, especialmente quando (uau!) o homem também não chega ao orgasmo! É difícil, para mim, acreditar que a cena seria cortada se os papéis fossem invertidos. OU se a personagem feminina fosse estuprada. Está na hora das pessoas CRESCEREM. Aceitem que mulheres são seres sexuais. Aceitem que alguns homens gostam de dar prazer a uma mulher. Aceitem que uma mulher não deve apenas se f... e dizer obrigado. Temos o direito e o dever de sentirmos prazer. É hora de nos impormos", disse a atriz numa série de twittes.

Dirigido por Fredrik Bond, o filme não possui previsão de lançamento no Brasil. Shia LaBeouf, Mads Mikkelsen, Melissa Leo e Rupert Grint completam o elenco.  Fonte: AdoroCinema - The Hollywood Reporter